Logo que a o filho nasce, a gente automaticamente se preocupa em "não faltar" para eles. Pensa em tudo e qualquer tipo de ausência e como fazer pra que ela seja suprida.
Mas como evitar? Certas situações, são impossíveis, como quando temos que sair pra trabalhar ou ficamos doentes.
Mas, mãe adoece?!? Tem tempo pra isso?
Infelizmente, SIM! E eu hoje posso afirmar que não é nada legal!
Passamos 24 horas do nosso dia cuidando e se preocupando muito mais da saúde dos nossos pequenos do que com a nossa e sinceramente, nos achamos a "Mulher Maravilha" por dar conta de tantas coisas ao mesmo tempo e nós mesmo temos a "quase certeza" de que somos fortes o suficiente pra "tomar um analgésico e seguir em frente!" (Quem não?).
Pois é! Mas nem tudo é tão simples assim. O fato é que, chega uma hora em que o "corpo pede arrego", e aí mamãe, pode chorar!
Semana passada minha garganta infeccionou (minhas grandes amígdalas dando trabalho desde a infância) e formou-se um abcesso, me impedindo até mesmo de falar!
Claro que, antes do diagnóstico preciso, eu fiquei em casa com toda aquela dor achando que passaria no dia seguinte com "chazinho de limão e analgésico" ou, no máximo, tomando a injeçãozinha de sempre que em dois dias costuma me deixar 100%!
Tentei isso tudo aí, mas não deu certo. Até o exame de tomografia constar que a coisa era "um pouquinho mais séria" do que isso, já que o tal abcesso já estava crescendo o suficiente pra me deixar sem voz e sem ar! Precisaria de internação e provavelmente, CIRURGIA pra drenar!
Como assim? Deixar o filho aos cuidados de quem? Pois por mais que temos (eu tenho) o marido, as tias (minhas irmãs) e os avós pra ficarem cuidando dele, a gente sempre acha que vai faltar alguma coisa (e falta, ué... rs).
Bom, a solução que tivemos para que ele não sentisse tanto a minha falta (ele é muito apegado a mim, porém, não se recusa ficar com as tias, papai e vovôs) foi revesar pra que ele dormisse fora de casa, já que a noite, é a mamãe aqui quem dorme segurando sua mão, revesando com a mão dele na minha orelha! Rs
O Enzo tem um lado muito curioso. Ao mesmo tempo que ele é super agarrado e grudado comigo e com o papai, ele é extremamente independente! Costumo chamá-lo de "meu desapegado", pois vive me pedindo pra dormir na casa da tia Dani, da madrinha, da vovó Beatriz ou de algum amiguinho! E se eu deixar, ele pega o travesseirinho dele e vai numa boa! (em 5 anos, ele só dormiu 1 vez na casa da minha mãe, pq EU não gosto de dormir sem ele).
Imaginem a alegria dele, nesses cinco dias em que eu fiquei ausente, cada dia dormindo na casa de uma tia e da vovó?
Cada dia que eu falava com ele ao telefone, era uma novidade pra contar! Ele achou que estava "de férias" com os primos!
Querem saber? Adorou!
Claro que teve a cooperação de todos pra fazer com que ele não sentisse que eu estava doente, recebendo ele com muita alegria.
Mas e o coração de mãe?
Não vou negar que dá aquele aperto de: "Nossa, ele nem sentiu minha falta", como quando a gente torce pra ele ficar bem na escolinha e quando ele se joga nos braços da professora, bate um ciuminho rs... Mas a alegria de vê-lo bem suporta isso.
E a volta pra casa... Ah... que coisa boa!
Cheguei enquanto ele estava na escola, e corri pro fogão pra deixar como de costume, a janta quentinha e prontinha pra quando ele chegasse! Foi só nisso que pensei!
E como dei mais valor a isso! E como agora sinto mais prazer ainda de fazer essas coisas POR eles e PARA eles! Marido e filho bem cuidados! Quem não ama?
A minha recompensa ajudou na minha recuperação: Receber elogio pelo jantar, dar banho, cuidar, dormir agarrada de novo e ouvir: "Que bom que você voltou!"
Eu sofri muito mais do que ele, sentindo e chorando naquele quarto de hospital, querendo estar ao lado dele! Mas mãe sempre pede pra sofrer no lugar do filho, não é? Então tá tudo certo!